A gigante tecnológica chinesa Alibaba vai impulsionar os seus investimentos na inteligência artificial (IA) nos próximos três anos, para fazer crescer ainda mais os negócios core do comércio eletrónico e da computação cloud. A decisão foi anunciada depois de ter registado um aumento de 239% nos seus lucros para o terceiro trimestre do ano fiscal.
No terceiro trimestre do seu ano fiscal, entre outubro e dezembro, apresentou o mais rápido crescimento de receitas em mais de um ano, ao apresentar vendas de 36,8 mil milhões de euros e lucros de 6,4 mil milhões de euros. As receitas do segmento de cloud subiram 13%. Já a aposta no comércio eletrónico também deu frutos, com a expansão da AliExpress, que voltou a ganhar ímpeto, depois do forte crescimento das aplicações chinesas rivais Temu e Shein. As vendas da AliExpress cresceram 32%, para 4,9 mil milhões de euro.
O CEO da Alibaba, Eddie Wu, refere que a IA é "o tipo de oportunidade para transformar a indústria que só acontece uma vez em décadas". Por isso mesmo, e sem avançar com valores, assegurou que o investimento da tecnológica em IA e computação nos próximos três anos será superior ao montante investido na última década. E antecipa que o crescimento das receitas do Cloud Intelligence Group, impulsionadas pela IA, vão continuar a acelerar.
O grupo tem investido na compra de startups chinesas de IA, nomeadamente a Moonshot e a 01.ai, para ganhar alguma alavancagem face a rivais como ByteDance, dona do TikTok, e da Baidu. Assim, e segundo o seu CEO, "pretendemos continuar a desenvolver modelos que amplifiquem os limites da inteligência".